O trabalho voluntário impacta a sociedade de forma positiva e traz realização pessoal para quem realiza. Nesse bem bolado, todo mundo ganha.
O que leva alguém a abrir mão de remuneração na hora de realizar um trabalho? Solidariedade, consciência social e vontade de contribuir para um bem maior são apenas algumas das razões que movem o voluntário.
Segundo a Organização das Nações Unidas, voluntário é o indivíduo que tem interesse pessoal pelas necessidades e carências da sociedade e, por isso, dedica parte do seu tempo a diversas formas de atividades em benefício do bem estar social, sem remuneração.
O voluntariado é regulamentado no Brasil desde 1998 pela Lei 9.608, que prevê os direitos e deveres de indivíduos e associações que se propõe a trabalhar pelo bem estar coletivo. São muitas as razões que levam alguém a se tornar voluntário, mas a motivação pessoal e características como altruísmo e empatia são comuns à grande maioria dos voluntários. As vantagens de se tornar um voluntário são inúmeras: é possível adquirir experiência profissional, fazer amizades, aprender sobre outras realidades e aprender com outras pessoas.
Evelin Baldani mora em Bauru, São Paulo. Sua primeira experiência como voluntária foi em ações sociais da igreja que frequentava em Ourinhos, sua cidade natal. A vontade de fazer o bem para o outro sempre esteve presente na vida de Evelin e foi esse desejo que levou a publicitária de 33 anos a se tornar voluntária da ASPRECAM.
Em 2021, Evelin foi diagnosticada com câncer de mama. Após o diagnóstico e durante o tratamento, muitas dúvidas foram surgindo: cobertura do plano de saúde, cirurgia, SUS. Com o apoio de amigos e familiares, Evelin conseguiu resolver essas questões, mas começou a pensar naquelas mulheres que não tinham a mesma oportunidade. Foi assim que ela resolveu criar um canal no YouTube e um perfil no Instagram, com o objetivo de esclarecer dúvidas e ajudar mulheres que estão na mesma situação. Mas ela não parou por aí. Licenciada do trabalho por causa do tratamento, ela atua como analista de Marketing voluntária na ASPRECAM e usa toda a sua expertise para promover ações ligadas ao acolhimento, orientação e bem estar de mulheres com câncer de mama e seus desdobramentos.
“O trabalho voluntário é gratificante e eu sempre pedi a Deus para que ele me usasse de alguma maneira. Senti necessidade de colaborar com algum projeto depois do meu diagnóstico e comecei a pesquisar. Encontrei o site do Movimento Mamamiga pela Vida, preenchi um formulário, fiz a entrevista e agora estou aqui”, conta Evelin.
Em 2019, 7,2 milhões de pessoas realizaram trabalho voluntário no Brasil segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o que representa 4% da população do país. O número é baixo se comparado aos Estados Unidos, onde cerca de 30% da população está envolvida em ações de voluntariado.
Aguardando o início das sessões de radioterapia para finalizar seu tratamento, Evelin não perde a esperança, acredita na medicina e confia no bom prognóstico de sua doença e na cura. “Nas minhas mídias sociais, as pessoas me veem como uma inspiração e eu tento sempre estar bem-humorada e mostrar o melhor de mim. Os momentos difíceis existem, mas passam. Existe vida além do câncer”, ela finaliza com um sorriso enorme no rosto.
Movimento Mamamiga pela Vida: desde 1984, fazendo a diferença na vida de pacientes com câncer de mama através do trabalho voluntário
O Terceiro Setor é formado por organizações sem fins lucrativos que se originaram na sociedade civil e que prestam serviços públicos com objetivo apoiar a sociedade nos momentos em que o Setor Público e o Setor Privado não são capazes de atender a demanda de necessidades.
A Associação de Prevenção do Câncer na Mulher (ASPRECAM) é uma Organização de Sociedade Civil, certificada como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
Foi fundada em 30 de outubro de 1984, visando colocar em ação um projeto de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. Desde sua criação, a ASPRECAM trabalha para agregar valor e somar ações juntamente com os serviços de saúde pública voltados para a mulher no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, visando consolidar de forma exitosa uma tecnologia social de ponta.