Mamas densas e câncer de mama: tudo o que você precisa saber

Mamas densas e câncer de mama: tudo o que você precisa saber

Entenda como a densidade mamária pode influenciar nas chances de desenvolver câncer de mama e descubra cuidados essenciais para a sua saúde

Quando falamos sobre câncer de mama, muitas mulheres desconhecem que a densidade das mamas pode influenciar as chances de desenvolver a doença. Se a sua mamografia indicou que você tem mamas densas, pode estar se perguntando: “Será que tenho mais chances de desenvolver câncer de mama?”

Neste artigo, vamos esclarecer tudo sobre mamas densas, desde a definição até dicas de prevenção e cuidados específicos, para que você entenda melhor essa condição e como cuidar da sua saúde.

O que são mamas densas?

As mamas são compostas por tecido fibroglandular, responsável pela produção de leite, e tecido adiposo, que é a gordura. Mamas densas têm uma quantidade relativamente alta de tecido fibroglandular e uma quantidade menor de tecido adiposo. Isso significa que há mais tecido responsável pela produção de leite e menos gordura.

Normalmente, mulheres jovens têm mamas mais densa e, com o passar dos anos, a quantidade de tecido fibroglandular diminui, dando lugar ao tecido gorduroso, especialmente após a gravidez e a amamentação. No entanto, algumas mulheres podem manter mamas densas mesmo em idade mais avançada.

Qual a causa das mamas densas?

A densidade mamária é determinada por vários fatores, incluindo algumas situações a seguir.

  • Genética: a herança genética pode influenciar a densidade mamária.
  • Idade: mulheres mais jovens tendem a ter mamas mais densas.
  • Histórico familiar: parentes com histórico de mamas densas ou câncer de mama podem aumentar as chances.
  • Alterações hormonais: uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal.
  • Índice de massa corporal (IMC): mulheres com peso corporal mais baixo tendem a ter mamas mais densas.

Como saber se tenho as mamas densas?

A densidade das mamas não pode ser identificada apenas pelo toque. Mulheres com mamas firmes não necessariamente têm mamas densas. Para saber se suas mamas são densas, é necessário realizar uma mamografia, em que o tecido fibroglandular aparece branco e o tecido adiposo aparece escuro.

Para auxiliar na avaliação da densidade mamária, os radiologistas utilizam o sistema BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System). Este sistema é uma classificação padronizada que descreve a densidade do tecido mamário com base na mamografia, ajudando a avaliar o risco de câncer de mama. Ele é dividido em quatro categorias principais, conforme a ordem alfabética de A a D.

  • A: Mamas compostas principalmente por gordura.
  • B: Mamas com algumas áreas de tecido fibroglandular.
  • C: Mamas com mais áreas de tecido fibroglandular, mas ainda com alguma gordura.
  • D: Mamas extremamente densas, com pouco tecido gorduroso.

Simplificando, quanto mais denso for o tecido mamário, mais difícil é identificar problemas como o câncer de mama por meio da mamografia, já que o tecido fibroglandular e os tumores aparecem todos brancos no exame.

Essa classificação ajuda os médicos a decidir quando exames adicionais, como ultrassonografia ou ressonância magnética, são necessários para uma avaliação mais precisa.

Quais os riscos das mamas densas para a saúde?

Mamas densas não são uma condição médica por si só, mas podem estar associadas a uma série de outras doenças. Entre elas estão cistos mamários, fibrose, adenose, mastite, fibroadenoma, e afecção funcional benigna das mamas (AFBM).

Esses problemas podem variar em gravidade e, embora muitos sejam benignos, é essencial fazer o acompanhamento médico regular para garantir o diagnóstico e o tratamento adequados.

Mamas densas têm mais chance de desenvolver câncer de mama?

Um dos riscos mais significativos das mamas densas é o aumento da probabilidade de desenvolver câncer de mama. Mulheres com mamas densas têm o risco maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas com mamas menos densas. Além disso, como falamos, a densidade mamária pode dificultar a detecção do câncer durante a mamografia, tornando mais difícil distinguir entre tecido normal e anormal.

O diagnóstico de câncer de mama

Para mulheres com mamas densas, exames complementares podem ser necessários para um diagnóstico mais preciso:

  • Mamografia 3D (Tomossíntese): fornece imagens tridimensionais detalhadas das mamas.
  • Ultrassonografia: usa ondas sonoras para capturar imagens das estruturas internas das mamas.
  • Ressonância Magnética: produz imagens detalhadas com alta sensibilidade, útil para detectar câncer de mama e outras patologias.

Quais os cuidados para a mama densa?

  • Autoexame mensal: conhecer seu corpo é crucial. Realizar o autoexame regularmente permite que você se familiarize com a textura normal de suas mamas e, assim, perceba qualquer alteração mais facilmente. Embora o autoexame não substitua os exames clínicos, ele é uma ferramenta importante para a detecção precoce de anormalidades.
  • Consultas regulares: agende consultas anuais com uma médica ou médico de sua confiança para fazer o acompanhamento e o monitoramento das suas mamas densas.
  • Mamografia e ultrassom: realize os exames conforme orientação médica, especialmente se tiver mamas densas.
  • Estilo de vida saudável: pratique atividades físicas regularmente, mantenha uma dieta equilibrada e evite o consumo de álcool e tabaco.
  • Gerenciamento de peso: mantenha um peso saudável, porque isso ajuda a reduzir o risco de densidade mamária elevada.

A importância do Mastologista

Embora muitas mulheres consultem ginecologistas para exames de rotina, é recomendável procurar um mastologista, que é um especialista em saúde das mamas. O mastologista está mais preparado para identificar e tratar problemas específicos das mamas, garantindo um acompanhamento mais adequado.

Cuidar de si é um ato de amor

Não podemos prever se o câncer de mama irá nos acometer, mas podemos fazer a nossa parte para reduzir os riscos. Por isso, adotar hábitos saudáveis, realizar exames regulares e conhecer bem o nosso corpo são passos fundamentais.

Lembre-se de que, quanto antes uma alteração é detectada, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

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