A história desde o começo: o médico Thadeu Provenza, responsável pelo serviço de mastologia e de cirurgia de mama na Maternidade Odete Valadares, decide implantar um projeto inovador, com o objetivo de beneficiar mulheres com câncer de mama. E mais, reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de sucesso no tratamento e… cura. Assim, no dia 30 de outubro de 1984, nasce a Associação de Prevenção do Câncer da Mulher (ASPRECAM).
O projeto é formado por um pequeno grupo de voluntários capacitados e totalmente comprometidos com mulheres diagnosticadas com câncer de mama em tratamento pelo SUS, o que exige conhecimento do assunto e muito preparo para lidar com situações difíceis.
Cláudia Magalhães, atual diretora Administrativa da ASPRECAM, conheceu o projeto em 2016, quando aceitou um convite para uma capacitação para voluntariado na FGV. Anteriormente, ela já participava de atividades voluntárias voltadas para a população de rua em Belo Horizonte, além de colaborar com outras ações de forma pontual. Hoje, ela dedica grande parte do seu tempo à ASPRECAM e considera que fazer parte do Movimento Mamamiga mudou a sua vida.
“Na ASPRECAM, o trabalho é muito específico, tive que estudar bastante para entender como é a trajetória da paciente com câncer de mama no SUS. Eu tinha certa vivência, já que a minha mãe teve câncer de mama. Mas, no caso dela, o prognóstico era muito bom e todo o tratamento foi feito pelo plano de saúde.
Comecei acompanhando pacientes em suas consultas e fui aprendendo como funcionava a trajetória dessas mulheres no SUS, passando por exames, protocolos de tratamento, quimioterapia, radioterapia, cirurgia e o que mais fosse necessário. A ASPRECAM foi me ensinando, com cuidado e com um certo polimento, a entender quais eram as principais barreiras que as mulheres enfrentam no SUS, desde o fechamento do diagnóstico até o tratamento. Desde que comecei a ver a resiliência e força dessas mulheres em tratamento, me sinto uma pessoa mais forte e mais estruturada para enfrentar determinadas coisas”, relata Cláudia.
Em seus 38 anos de existência, a ASPRECAM acumulou muitas conquistas, como a certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, em 2017, e a criação da Comissão Minas Contra o Câncer, em 2019. Além disso, vem contribuindo com a capacitação de agentes de saúde do Programa Busca Ativa em diversos municípios de Minas Gerais e investindo no apoio a mulheres e a suas famílias durante a jornada de tratamento da doença por meio do Movimento Mamamiga Pela Vida.
Assim, ao longo desses 38 anos, a ASPRECAM vem auxiliando pacientes a mitigar e superar o sofrimento que o adoecimento traz consigo, fornecendo apoio psicológico e jurídico para que essas mulheres se curem, se fortaleçam e recomecem.
Que venham os próximos ciclos!