Porém, essa cultura de corpos desconhecidos tem impacto perigoso em nossa saúde. Estudo recente do Instituto Nacional do Câncer revelou que o câncer de mama foi percebido pela primeira vez, em 66,2% dos casos, pelas próprias pacientes, incluindo doença em estágio inicial e intermediário, quando são boas as perspectivas de tratamento. Um dado relevante é que 73% das mulheres entrevistadas haviam se submetido a pelo menos uma mamografia antes do diagnóstico. Isso mostra a importância de cada uma de nós conhecer bem o que é normal ou anormal em nossas mamas.
Por isso, a conscientização sobre as mamas e autocuidado vêm sendo preconizados como papel da mulher na prevenção. Saber o formato, a densidade, a estrutura de suas mamas e tocá-las é um ato de amor-próprio que precisa ser plantado urgentemente. O câncer de mama é o tumor que mais acomete a população feminina brasileira e representa cerca de 25% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas, segundo o INCA.
Ao contrário do exame de palpação de mamas que exige conhecimento médico, o autoconhecimento dos seios é a atenção da mulher a qualquer mudança nas mamas em sua vida diária, sem estipular número de vezes, momento ou lugar. Não faz nenhum tipo de distinção: toda mulher deve conhecer suas mamas. Não precisa de rotina sistemática de observação. E, mesmo sendo subjetivo, funciona porque ninguém melhor que você para saber o que se passar em seu corpo.
E o quais são os sinais de alerta? De acordo com o Ministério da Saúde, nódulos, principalmente aqueles fixos e endurecidos, são a principal forma de apresentação do câncer de mama e estão presentes em cerca de 90% dos casos. Outras alterações que merecem atenção:
- Alterações na pele ou no formato da mama e do mamilo, como vermelhidão, enrugamento ou retração.
- Saída espontânea de líquido pelo mamilo;
- Nódulos no pescoço ou nas axilas;
- Entumecimento das mamas e
- Qualquer sinal que chame sua atenção deve ser considerado.